Educação Financeira
Objetivo Geral
O objetivo do programa é esclarecer, orientar e fomentar o interesse dos funcionários da necessidade de se preparar para o futuro, mediante informações sobre a previdência complementar (Plano Indusprev) e noções gerais sobre planejamento financeiro, economia doméstica, gerenciamento de dívidas, dentre outros temas. Incentivando-os a reverem seus hábitos e adotarem medidas que lhes permitam uma melhor qualidade de vida e um futuro melhor.
No Brasil
O Brasil adotou o conceito de educação financeira, de acordo com a definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro".”
Fonte: ENEF – Estratégia Nacional de Educação Financeira
No mundo
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um número crescente de paises está engajado em desenvolver estratégias de educação financeira. As implicações sociais e econômicas do baixo nível de educação financeira de grande parte da população mundial têm levado os governos a criar políticas socio-econômicas específicas, especialmente a partir de 2008.
A existência de uma estratégia nacional de educação financeira favorece a promoção do tema no país e cria diretrizes para balizar iniciativas concretas, sejam do Estado, da iniciativa privada ou sociedade civil. A estratégia torna-se a principal referência para leis, políticas públicas e programas multisetoriais, contribuindo para gerar ampla mobilização. Em 2013, 45 países de diferentes níveis de renda criaram uma estratégia nacional de educação financeira ou avançaram em projetos relacionados ao tema.
Fóruns globais e regionais como o G20 e a Cooperação Econômica Ásia-Pacifico (APEC) já reconheceram a importância dos esforços nacionais de educação financeira para sustentar a estabilidade econômico-financeira e o desenvolvimento social inclusivo. No âmbito dos países do G20, de modo especial, as estratégias nacionais de educação financeira têm-se proliferado. Cerca de metade deles já desenvolveram uma estratégia: Austrália, Brasil, Japão, Holanda, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Fonte: ENEF – Estratégia Nacional de Educação Financeira
Por que promover a Educação Financeira do brasileiro?
A crescente sofisticação dos produtos oferecidos aos consumidores de serviços financeiros aumenta o leque de opções à disposição do cidadão brasileiro, ao mesmo tempo em que lhe atribui maior responsabilidade pelas escolhas realizadas.
A recente ascensão econômica de milhões de brasileiros defronta o novo consumidor com instrumentos e operações financeiras complexas e variadas, sem que o cliente ou usuário do Sistema Financeiro Nacional esteja preparado para compreender os produtos e serviços financeiros disponíveis e lidar com eles no dia a dia. Não apenas é difícil o acesso a informações, mas também falta conhecimento para compreender as características, os riscos e as oportunidades envolvidos em cada decisão. A necessidade de educar o cidadão brasileiro para atuar no meio financeiro determinou a instituição de uma estratégia conjunta do Estado e da sociedade.
Assim, foi instituída a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), com a finalidade de promover a educação financeira e contribuir para o fortalecimento da cidadania, para a eficiência e a solidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e para a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores. Os principais propósitos da educação financeira são ampliar a compreensão do cidadão quanto ao consumo, poupança e crédito, para que o indivíduo seja capaz de fazer escolhas conscientes quanto à administração de seus recursos financeiros.
Normas relacionadas: Decreto nº 7.397, de 22 de dezembro de 2010; Deliberações Conef nº 1, nº 2 e nº 3, de 26 de maio de 2011.
Por que a Educação Financeira se tornou um tema tão relevante?
O tema educação financeira vem despertando cada vez mais o interesse dos brasileiros. Não é a toa que o assunto tem ganhado cada vez mais espaço na imprensa e nas redes sociais. Isso, de acordo com especialistas, se deve ao fato de que os consumidores estão procurando investir melhor seus rendimentos. Entender como funcionam determinados investimentos, cálculo de taxas de juros e dicas para economia doméstica parece tarefa difícil para muitas pessoas, porém, com ajuda de especialistas ou simplesmente com a mudança de alguns hábitos, essa tarefa pode ser surpreendentemente positiva depois de um tempo.
Para o gestor em finanças Ricardo Sampaio, educação financeira pode ser definida como a oportunidade de administrar o próprio dinheiro de forma consciente. “Conhecimento nunca é demais. Diferentemente do passado, quando muitas pessoas tinham ‘preguiça’ de planejar e fazer contas, hoje elas estão mais conscientes. Muitas conhecem os riscos e os benefícios de determinadas modalidades de crédito, entendem de investimentos e aplicações e traçam objetivos de maneira eficiente e inteligente”, diz.
De acordo com Sampaio, educação financeira não está ligada somente ao conceito de economia, corte de gastos ou investimentos, mas também com a destinação do salário e demais rendimentos. “E não é só isso. Com educação financeira é possível determinar o momento ideal para aquisição de um bem que pode ser uma roupa, a troca do carro ou mesmo a compra da casa própria”, destaca.
Mais consciente e disciplinado, o indivíduo passa a se questionar se deve comprar parcelado, se deve economizar e comprar à vista ou mesmo evitar o gasto, pois tem metas maiores a alcançar. Não existe a resposta certa, e sim a maneira mais correta de alcançar o objetivo sem grandes apertos e pagamento de juros elevados.
“Muitas vezes as pessoas se descontrolam nos gastos do dia a dia, seja contraindo vários empréstimos com juros altos ou no desperdício dentro de casa. Com disciplina e planejamento, é possível manter as finanças controladas. O importante é buscar metas e persegui-las de maneira estratégica.”
O servidor público Antônio Custódio, 39 anos conta com a educação financeira para equilibrar as finanças da família. “Depois da orientação de um especialista, passamos a anotar todos os gastos. Dessa forma, temos optado por pagar tudo à vista. O que sobra vai para a poupança. Como temos nos empenhado, vamos conseguir viajar para a praia, sem contrair dívidas.”
Então, anote aí: com disciplina financeira, é possível economizar e ainda viver muito bem e com qualidade de vida. “O bom exemplo dos pais ajuda na criação de crianças mais inteligentes e ponderadas. É nosso dever conscientizar financeiramente as gerações futuras. As economias feitas pela família podem ser investidas na antecipação de parcelas de financiamentos, qualificação profissional ou ainda num plano de previdência privada”, finaliza Sampaio.
Fonte: Banco Central